Uma vida perfeita... (parte 1)

Uma vida perfeita seria uma vida em que aquelas velhinhas irritantes, que já conheciam os nossos avós quando eles tinham 5 anos, em vez de rebuçados nos dessem cerveja e sandes de coirato, quando nos vissem na rua, isso sim é que era!
Já repararam como essas velhinhas sabem sempre a porra da nossa vida e cada vez que um gajo passa por elas, elas se viram e dizem: "Oh meu menino, tás tão crescido, quantos anos tu tens? Ai que inda me lembro de quando andavas aí a correr na rua todo ranhoso a fazer asneiras e deitar fogo a uns gatos. Ai que tás tão crescido! De quem és tu filho meu menino?"
E a cara com que o pessoal fica quando é abordado por uma dessas senhoras, é sempre do melhor, aquela cara de: "Foda-se raio da velha!! Num tens netinhos para ires xatear? Se não fosses tão velha e eu não tivesse medo de te desmontar levavas já aqui duas bufardas que ias ver..."
E porque raio é que essas velhinhas andam sempre vestidas de preto da cabeça aos pés? Aquilo não é moda, a não ser num concerto de Metal, ou então num culto qualquer em que o diabo é rei e se sodomizam umas galinhas! E não sei, mas suspeito que haja lojas especializadas na venda desse tipo de roupa, com xailes, saias, meias, chinelas e até as temíveis cuecas da avó, que para elas são cuecas, e para o comum dos mortais são calções.
Enfim, eu quero ter uma vida perfeita, mas para isso é preciso que o estado e a segurança social mandem, juntamente com a reformas, umas grades de cerveja e uns coiratos para as senhoras fazerem umas sandes, também era fixe uns tremoços ou amendoins, é preciso mudar muito neste país, isto tá mal, tá muito mal!!

Cuspindo para o ar...