Portugal, Julho de 2007, tudo está calmo, até que triunfalmente aí voltam eles, dentro de um carro preto com todos os vidros fumados a imporem o seu som (um qualquer hip hop francês ou então um dos êxitos já esquecidos desses grandes senhores que são os Diapasão, ou o Graciano Saga assim como tantos outros) após 48 horas de viagem na Autorroute a duzentos vingt un. Ei-los que chegam, os nossos tão amados familiares que partiram para um outro país á procura de algo melhor, após uma vida muito dura lá na France, ou na Suiss ou até na Deutschland ou então num outro país qualquer. E que grandes que eles voltam ostentando os seus dialectos próprios quase imperceptiveis ao comum dos mortais, de camisa aberta até ao umbigo mostrando o fio com um crucifixo e a penugem peitoral, com eles vêm também a sua descendência, os jovens que parece não falarem uma palavra do portugês nativo dos seus pais, que têm a mania de comunicar entre si na língua do seu país a pensar que um gajo não os percebe mas que tremem quando ouvem um :"Oh caralho! Olha qu'eu sou Tuga mas num sou burro, voltas-me a chamar atrasado em avéc e amanha cagas os dentes!"
Esses seres que têm um gosto de moda um tanto duvidos sempre com 500 Kg de fios e pulseiras no corpo e as calças arregaçadas até aos joelhos tal como os nossos pais e avós usam quando vão regar, com os belo do polo lacoste, o boné á mitra, e o belo do pé de gesso que se prolonga numa sapatilha de uma qualquer marca de desporto tudo isto num branco imaculado.
São 2/3 meses em que Portugal vira outro país qualquer, na rua só se vê emigrante ás compras só se ouvem palavras de dialectos e línuas estranhas, e também enormes pontapés a algumas gramáticas, ouvem-se pérolas do tipo:
"AHHHHH PRFFFFFFFFFFFFFFF! Lá na France os supermachés são muito maiores que cá no Portugal!"
(o vocábulo AHHHHH PRFFFFFFFFFFFFFFF quando pronunciado por muita gente (ou 2 emigrantes na França) é capaz de gerar ventos com velocidades na ordem dos 150 KM/H, daí haver tanto vento no Verão)
"Jean! Jean! Vien ici Jean! JEAN VIEN ICI SE NÃO LEVAS NOS CÔRRNOS!"
"Lá na France eras um mendigo!"
E tantas outras. Mas é isto que torna o emigrante especial que nos faz com que os acolhamos de braços abertos, é a maneira de ser do emigrante que mal sai do país parece que deixa logo de falar o Portugês e ganha logo tiques.
Muito mais poderia eu escrever sobre esta "raça" que é o emigrante, mas vou ficar por aqui, mas tenho ainda mais duas coisas pra dizer:
1- Eu admiro o emigrante pela coragem que teve em sair do país para procurar uma vida melhor, é preciso um grande par de colhões para o fazer ou então uma necessidade extrema, apenas abominar os tiques que eles trazem para cá e que são ridículos!
2-Esta é uma palavra de apreço aos emigrantes que trazem chocolates ao pessoal: Caros amigos, chocolates também nós cá temos, não temos é vinho de Bordéus, nem cerveja alemã da potente, tudo isso aqui é caro, por isso antes de comprarem chocolates para trazer pró pessoal, pensem e tragam uns lotes desses 2 líquidos, que é disso que a gente precisa que aqui faz calor a sério! E muito obrigado por adoçarem as nossas bocas há mais de 4 décadas!
Cuspindo, e cuspindo e recuspindo!!!!!!
sPEAK
quarta-feira, 18 de julho de 2007
Ah PRFFFFFFFFFFFFFFFF!!!!
Cuspido por sPEAK às 21:07
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3 Comments:
LOOOOOOL Muito me ri ali com umas expressões que não eram do meu conhecimento..:P
'Tou sempre a aprender!:P
por acaso acabei de vir de beber uma cerveja alemã no beagle's...
Jean Pierre, Alors fodá-se!!!
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